Lucy nunca quis ser normal, e não
entendia por que alguém gostaria de ser.
Ela sabia que não era como as
outras pessoas, mesmo sem nunca poder confirmar sua teoria. Mas acreditava que
se vissem as coisas que ela vê, não ficariam tão mal humoradas.
Cada detalhe de seu mundo era
mágico e incrivelmente colorido, e isso a fascinava demais.
Por vezes ela ficava sonhando
acordada, absorta na magia que enxergava no simples cintilar das luzes na água.
Era como ver um arco Iris em
movimento constante, dançando com suas incríveis cores, e aquilo era
hipnotizante.
Toda a beleza do mundo de Lucy a
tornou uma pessoa um tanto distraída, e meio isolada, pois gostava de passar
muito tempo admirando o que ninguém mais entendia. Por vezes se pegava
caminhando pelo parque, sem destino exato, observando a paisagem com todos os
sentidos.
Sentindo a grama úmida com os pés descalços, e a brisa suave no rosto, ouvindo o som dos pássaros, cheirando as flores, e olhando o lago.
Sentindo a grama úmida com os pés descalços, e a brisa suave no rosto, ouvindo o som dos pássaros, cheirando as flores, e olhando o lago.
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Juciara Lima. |
Logo se sentia tão absorta, que
era como se fizesse parte da paisagem, calma e cheia de vida. Quase não
percebeu que o sol já se pusera e devia ter voltado para casa.
Sua mãe nunca entendera os
devaneios de Lucy, e constantemente se enraivecia com a garota. Dizia que ela
era muito distraída e que vivia fora da realidade, que o mundo não era tão belo
quanto ela imaginava, que era sujo e cheio de tragédias.
Um dia a garota lhe respondeu:
- Eu sei de tudo isso mãe, sou
distraída, mas não indiferente à realidade. Sei que infelizmente existe um tipo
de feiura nesse mundo, mas também existe o belo. As pessoas se apegam demais a
tudo o que é ruim, e esquecem-se de admirar as coisas boas. Talvez se todos
vissem o mundo como eu vejo, não teriam motivos para fazer maldades e cozinhar
seus problemas. Nem todos conseguem então me sinto no dever de admirar o mundo
por eles, pois o mundo também merece ser visto.
Sua mãe não soube o que responder,
mas obviamente ainda não compreendia, e Lucy se apiedava disso.
Em seu quarto, recusava a pensar
nas palavras de sua mãe, para que o pessimismo não a alcançasse, então
colocou-se a imaginar aquele mundo, que era de todos, mas ao mesmo tempo era só
dela.
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Juciara Lima. |
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Juciara Lima. |
Texto: A. Constantino Brandão
Fotos: Juciara Lima
o primeiro de muitos que vamos fazer *.*
ResponderExcluir^^ aham.
ExcluirLogo mais posto a segunda parte, com mais das suas lindas fotos ^^
Que lindo, será um conto? Eu adoro contos e esse é bem carregado de sentimentos :)
ResponderExcluirAs fotos são lindas, ornou bem.
bjs
http://ateliedoslivros.blogspot.com.br
Obrigada ^^
ExcluirÉ um conto bem curtinho, só tem mais um parte, irei postar ainda essa semana,
Obrigada pela visita ^^
Bem bonito mesmo. Quero ver como vai terminar. As tragédias irão alcançar Lucy? Ela vai morrer ou viver? Ela vai mudar depois disso ou vai continuar a ver o lado bom das coisas como a Poliana da outra história?
ResponderExcluirNossa que lindo!
ResponderExcluirObrigada ^^
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